Um dos focos do governo federal tem sido atrair recursos estrangeiros para as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) nacionais e as conversas que mais avançaram no último ano foram com empresas do Japão e dos países árabes.
É o que conta a secretária-executiva do Conselho Nacional das ZPEs (CZPE) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Thaíse Dutra. Além disso, a representante afirma que, diante da restrição orçamentária do setor público, prefeituras e estados estudam conceder ou transferir a administração dessas áreas industriais para a iniciativa privada.
Em âmbito estadual, essa discussão está ocorrendo nos governos do estado do Rio de Janeiro, com a ZPE de Porto do Açu, e do Acre, com a área industrial em Senador Guiomard. Na esfera municipal, há debates na prefeitura de Boa Vista, em Roraima, a respeito da ZPE que leva o mesmo nome da cidade, e em Fernandópolis, em São Paulo. O estado do Rio Grande Norte e a prefeitura de Macaíba também avaliam a transferência da ZPE de Macaíba ao setor privado. Uma área de 100 a 150 hectares de uma zona de processamento exige investimento de R$ 50 milhões.
Na próxima semana, representantes do Mdic e das ZPEs de Pecém, no Ceará, e de Uberaba, em Minas Gerais, irão a Dubai, nos Emirados Árabes, para participar de um congresso internacional de zonas francas.
A ideia é dar continuidade às tratativas já iniciadas com empresários árabes para trazer recursos às zonas industriais. O setor de interesse deles é a produção de alimentos, dada a preocupação com a segurança alimentar da população do Oriente Médio, conforme a secretária do Ministério da Indústria, Comércio.
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Fonte: DCI – Diário do Comércio Indústria & Serviços