Terminais portuários privados merecem atenção
16/06/2016

Parte importante na movimentação do comércio exterior, expansão do setor começa aqui.

 

O País passa por um momento indispensável e de extrema importância: reorganizar sua casa. A economia brasileira está uma bagunça e a confiança dos investidores cada vez mais balançada. Pensando no setor de comércio exterior, a infraestrutura é tema recorrente quando o assunto é desenvolvimento. Nesse sentido os terminais portuários privados exercem papel de grande importância graças ao seu desempenho.

A previsão é que investimentos da ordem de R$ 20 bilhões sejam realizados até o final desta década, com a entrada em operação de pelo menos 50 novos empreendimentos, contando com a ampliação dos já existentes. “Tudo factível, desde que o investidor tenha segurança e previsibilidade para planejar seus investimentos dentro de cronogramas de licenciamento razoáveis. Pois, sem previsibilidade, transparência nas regras e prazos bem definidos, ninguém investe”, analisa o vice-presidente da ATP (Associação dos Terminais Privados) e presidente do Porto Itapoá.

“Os terminais privados respondem hoje por mais de 60% desse movimento, e é a partir deles que o setor poderá se expandir”.Responsável por mais de 95% de nosso comércio exterior os terminais portuários, de acordo o presidente do Porto Itapoá, trarão eficiência com impacto direto ao setor, principalmente no que se refere a competitividade da cadeia produtiva nacional. “Os terminais privados respondem hoje por mais de 60% desse movimento, e é a partir deles que o setor poderá se expandir”.

Portos congestionados, estradas sem infraestrutura, navios criando filas à espera para atracação, calados sem condições de receber navios de grande porte, esses são fatores destacado pelo executivo como fatores de ineficiência a serem combatidos, “pois são geradores de custos desnecessários”. E ressalta: “Trata-se de uma imagem anacrônica com a qual não podemos mais conviver”.

A entrada em operação de dezenas de TUPs nos últimos anos para Patricio possibilitou equacionar parte da demanda reprimida por serviços portuários, porém, sem, contudo, resolver totalmente o problema. “Serão necessários ainda grandes aportes de recursos para garantir total eficiência ao setor”.

Na opinião do presidente do complexo de Itapoá, a nova lei dos portos exerce aqui um papel fundamental: a segurança jurídica que eliminou a obrigatoriedade de os empreendimentos privados movimentar carga própria de forma preponderante. “Para que muitos desses terminais fossem definitivamente implantados e viessem a entrar em operação – evitando, assim, um colapso, em função da forte demanda -, foi fundamental a segurança jurídica promovida pela nova Lei dos Portos”.

Mas se o marco legal foi a condição indispensável para a modernização portuária, o executivo destaca que isso ainda não foi a condição suficiente. Para ele os obstáculos burocráticos constituem hoje o maior entrave ao desenvolvimento do setor. “Mais até que os próprios gargalos estruturais, pois a eliminação desses depende da solução daqueles”, destacou o presidente do porto.

Para se ter ideia de como a demanda pelos serviços portuários será grande no momento em que a economia voltar a crescer, Patricio analisa que apesar da crise, as exportações brasileiras por via marítima cresceram 10,7% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

No primeiro trimestre, a movimentação de carga do setor portuário alcançou 230,9 milhões de toneladas, 2,9% superior ao mesmo período do ano passado. “O dado mais importante é que são justamente os terminais privados os maiores responsáveis pelo desempenho, movimentando 148,6 milhões de toneladas nos três primeiros meses de 2016, o que representou 64,3% do total e um crescimento de 2% em relação a igual período de 2015. Note-se, apesar da recessão”, destacou, ressaltando ainda que o governo aposta nos terminais privados para a expansão e modernização do setor.

Fonte: Guiamaritimo

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