Mato Grosso do Sul, através de Porto Murtinho, avança rumo à consolidação da Rota Bioceânica em direção ao Paraguai, especificamente Carmelo Peralta. O projeto, que antes existia apenas nos planos, agora se materializa em obras expressivas. A “Integração Física Sul-Americana” ganha destaque, apontando para uma conexão direta com o Oceano Pacífico.
A conclusão da Ponte Carmelo Peralta-Porto Murtinho no primeiro trimestre de 2025 e o trecho final da Transchaco (220 km) contribuirão para a finalização do corredor até 2027. A Declaração de Salta, em abril de 2023, reforçou o reconhecimento oficial deste corredor pelos governos brasileiro, paraguaio, argentino e chileno, transcendendo a fase inicial do projeto.
O presidente da Irice (Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior), Rubens Barbosa, destaca que esse corredor reflete a reconfiguração geoeconômica do Brasil, resultante da desindustrialização e expansão do agronegócio para o interior do país.
Cidades como Sinop e Sorriso emergem com alto poder aquisitivo, impulsionando as exportações totais e per capita dos estados articuladores. Esse novo caminho para o Oceano Pacífico promete ganhos significativos em exportação, importação e competitividade de produtos regionais, fomentando o intercâmbio entre o Brasil e a Ásia.
O governo de Mato Grosso do Sul investe robustamente nas cidades envolvidas, como Porto Murtinho, recebendo R$ 40,6 milhões em obras recentes. Incentivos para reativar a hidrovia do Rio Paraguai visam atrair operadores e empreendimentos portuários.
A articulação com o governo federal inclui obras complementares, como o acesso à Ponte Bioceânica pela rodovia BR-267, com investimento de R$ 472,4 milhões. A previsão é que essa infraestrutura seja concluída em 26 meses, consolidando um histórico final de 2023 para Mato Grosso do Sul.
Na parte paraguaia, além da pavimentação de estradas, destaca-se o projeto da ponte binacional sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. Com 40% dos trabalhos concluídos, a estrutura de 1.294 metros de comprimento e 29 metros de altura está prevista para ser finalizada em 2025.
O corredor bioceânico por Mato Grosso do Sul emerge como um protagonista na transformação do cenário econômico regional e internacional, promovendo uma nova era de conectividade e oportunidades. O investimento contínuo e a colaboração entre os governos envolvidos indicam um futuro promissor para essa rota estratégica.
A ascensão do Comércio Exterior
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