O secretário-geral assistente para relações econômicas da Liga Árabe, Kamal Hassan Ali, informou que os países árabes querem aumentar o comércio com o Brasil, durante participação no Fórum Econômico Brasil-Países Árabes, na última segunda-feira (02), no Hotel Unique, em São Paulo. O evento foi promovido pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Segundo Ali, no ano passado foram comercializados US$ 20 bilhões entre o Brasil e os árabes. O secretário disse que o Brasil sempre manteve boas relações políticas e diplomáticas com os árabes. “O Brasil sempre apoiou as causas árabes, e temos como grande objetivo aumentar o intercâmbio comercial e os investimentos entre o Brasil e os países árabes, além de melhorar a logística marítima entre os países, para juntos conseguirmos os melhores resultados para todos”, declarou.
O embaixador da Palestina e decano do Conselho de Embaixadores Árabes no Brasil, Ibrahim Alzeben, disse que espera sair do fórum com “resultados concretos e de mão dupla para o avanço da economia, comércio, turismo e cultura de todos os países envolvidos”.
Alzeben ressaltou a importância da comunidade árabe no Brasil, afirmando que são quinze milhões de árabes e descendentes, principalmente de origens síria e libanesa, e disse que a Câmara Árabe, organizadora do evento, é a ponte principal entre o Brasil e os países árabes.
“Queremos fortalecer as relações comerciais da Tunísia com o Brasil”, acrescentou o vice-ministro das Relações Exteriores da Tunísia, Hatem Ferjani. Ele declarou que o Brasil é considerado o mercado mais importante da América do Sul, e que a Tunísia está negociando um acordo de livre comércio com o Mercosul.
O Secretário de Minas e Energia do Governo do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, reforçou também os laços ancestrais que unem os árabes aos brasileiros. “Temos uma ligação muito profunda, tanto que hoje temos um presidente e um governador (de São Paulo) descendentes de árabes”, ressaltou.
Meirelles informou que, hoje, 60,8% de toda a energia do estado de São Paulo é de fontes renováveis, e que o abate halal se tornou oficial no estado. “Um investimento conjunto para que possamos ampliar as relações”, afirmou.
O subsecretário de cooperação internacional do Itamaraty, Santiago Mourão, disse que haverá uma reunião do ministério com todas as embaixadas árabes ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo ele, o Brasil tem a maior diáspora árabe no mundo, e o governo prevê um crescimento de 18% nas exportações para o Norte da África e o Oriente Médio este ano, graças à certificação halal – grande parte das exportações para a região é de carne – e a programas de incentivo ao comércio exterior do Ministério de Relações Exteriores e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil).
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