Exportações de Rio Preto têm 4,4% de crescimento
27/03/2018

Em 2017, exportações de Rio Preto cresceram 4,4% e importações registraram um aumento de 26,8% em relação a 2016; especialistas consideram fundamental manutenção dos negócios com parceiros internacionais.

Apesar da alta concorrência com o mercado chinês, as exportações das empresas rio-pretenses fecharam o ano passado com o resultado positivo. O crescimento é tímido, de 4,4%, mas indica a manutenção dos negócios no mercado externo. De acordo com balando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações fecharam 2017 em US$ 17 milhões, contra US$ 16,3 milhões no ano anterior.

Se as exportações crescem timidamente, as importações, por outro lado, mantêm a curva de crescimento em disparada. De 2016 para 2017, houve alta de 26,8%, passando de US$ 72,5 milhões para US$ 91,9 milhões. Dessa forma, a balança comercial fechou em déficit de US$ 74,8 milhões. Na comparação com o ano anterior, o déficit cresceu, já que em 2016 havia sido de US$ 56,1 milhões.

A maior parte das exportações locais é calcada em bens de consumo, num total de 40,6% e US$ 6,9 milhões. Individualmente, o destaque são artigos e aparelhos ortopédicos (US$ 3,7 milhões), seguido por carroceiras para caminhão (US$ 2,7 milhões) e miudezas de animais (US$ 1,6 milhões). Os principais destinos são Estados Unidos (17,3%), Chile (11,9%) e Paraguai 8,84%).

Os bens de consumo também prevalecem entre as importações, com 69% e um total de US$ 63,6 milhões. Peixes frescos mantêm a liderança absoluta, com US$ 49,5 milhões. Em seguida, artigos farmacêuticos, com US$ 2,6 milhões. Filés de peixes e outras carnes do tipo aparecem na terceira colocação, com US$ 2,5 milhões. Os países líderes entre as compras locais são Chile (55,5%), China (16,6%) e Estados Unidos (11%).

Os especialistas em mercado externo explicam que o importante é que o empresário está deixando a política de lado e empreendendo, seja nas importações ou nas exportações. “O mercado globalizado hoje chama a atenção do empresário para que olhe o mundo como o quintal de casa. O empresário precisa escoar seus produtos. Com o mercado interno morno, a saída é a exportação”, afirma Márcio Marcassa Júnior, diretor da Rio Port.

O despachante aduaneiro Paulo Narcizo Rodrigues, da Caribbean Express, afirma que s empresas de Rio Preto perderam parte do mercado que tinham para as exportações. “A tendência para o futuro será cada vez mais importação. Esse reverso começou após a crise internacional, em 2008. Estávamos indo muito bem nas exportações, alcançando o patamar de US$ 50 milhões e foram caindo cada ano e chegamos nos números atuais, que será muito difícil reverter”, disse.

Para Yvanna Garcia, diretora da Multiways Despacho Aduaneiro, apesar do crescimento das exportações não ser significativo, é preciso considerar o aumento do número de empresas, principalmente de porte médio, com mais produtos entrando no mercado externo. “O grupo de produtos sendo exportados é bastante diversificado, vai de cosméticos a máquinas. Os produtos do agribusiness, como carnes e frutas, ainda são os mais representativos na região, mas já pudemos notar um pequeno avanço dos produtos industrializados da região na exportação”, afirmou.

Bimestre

No primeiro bimestre deste ano, entretanto, o resultado das exportações e das importações é negativo. No primeiro caso, o total foi US$ 2,353 milhões, contra os US$ 2,839 milhões vendidos nos dois primeiros meses do ano passado, o que representa uma queda de 17,14% no período. As importações tiveram recuo de 5,44%, ao passar de US$ 15,2 milhões para US$ 14,4 milhões nos dois primeiros meses do ano.

Fonte: Mdic e Diário da Região

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