Com três dias úteis a mais do que em igual período de 2017, as exportações totais gaúchas subiram 6,4% em abril, ao somarem US$ 1,6 bilhão.
Considerando apenas a indústria de transformação, que alcançou US$ 1 bilhão e representou 62,7% da pauta, a variação foi ainda maior, 12,5%.
A Argentina, principal destino dos produtos manufaturados produzidos pelo nosso Estado, vive um período turbulento. A desvalorização da taxa de câmbio e a elevação considerável da taxa de juros devem impor uma desaceleração do comércio exterior nos próximos meses, atrasando ainda mais a recuperação da indústria gaúcha _ afirma o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, ao comentar os números da balança comercial, nesta segunda-feira (14).
Por contar com esses três dias úteis a mais no mês em 2018, convém utilizar o cálculo do valor médio exportado por dia útil, que ajuda a corrigir as distorções causadas pelo efeito do calendário. Por essa métrica, os embarques do setor secundário gaúcho caíram 3,5%. Apesar do recuo, essa variação foi menos negativa do que aquela registrada em âmbito nacional, de 5%.
A análise por segmentos industriais mostra que a base de comparação deprimida explica em parte o forte crescimento verificado em tabaco (124,3%) e alimentos (16,7%). Outras categorias da indústria gaúcha que exerceram contribuições positivas foram celulose e papel (45,8%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (14,5%). Por outro lado, químicos sofreu forte diminuição, com perdas equivalentes a 33,5%. Por sua vez, o grupo das commodities teve queda de 2,5% (totalizando US$ 586 milhões).
Ainda sobre abril, as importações totais subiram 5,1%, chegando a US$ 808 milhões. Na abertura dos produtos por categoria de uso, os segmentos de bens intermediários (14,3%) e de capital (36%) aumentaram, enquanto bens de consumo (-11%) e combustíveis e lubrificantes (-61,6%) recuaram.
O acumulado do primeiro quadrimestre de 2018 mostra que as exportações gaúchas foram de US$ 7,44 bilhões, o que representa alta de 54,2% em relação ao mesmo período de 2017. Desse somatório, a indústria foi responsável por US$ 5,92 bilhões, avanço de 63%. Os melhores resultados vieram de outros equipamentos de transporte (25.750%), tabaco (104,1%), celulose e papel (92%), máquinas e equipamentos (70,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (25,4%) e alimentos (7,1%). A categoria de químicos (-7,4%) registrou a maior perda.
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Fonte: Gauchazh