Economia do RJ volta a crescer com ajuda das exportações
03/01/2018

Entre janeiro e outubro, estado exportou mais que em todo o ano de 2016. Especialistas dizem que só exportação não é suficiente para sustentar retomada do crescimento.

Uma outra boa notícia para a economia do Rio de Janeiro. Entre janeiro e outubro, o estado exportou mais do que em todo o ano passado. Voltar os olhos para o mercado externo foi a alternativa encontrada por muitos empresários para evitar prejuízos. Numa indústria de produtos químicos que vende exclusivamente para a indústria da beleza, ninguém sabe o que é crise econômica.

A maior parte do que é produzido aqui vai direto para os Estados Unidos e países da América do Sul e da Europa.

“O mercado interno, o mercado brasileiro, ele sempre oscila. Mas quando você distribui o seu negócio por vários mercados, essa oscilação fica equilibrada ou senão cresce”, disse Daniel Barreto, diretor geral da Acessa.

Não só as vendas fracas no mercado interno fizeram os empresários olharem longe. O câmbio favorável também ajudou. Dólar alto aqui torna vantajosos os negócios fechados lá fora.

“Exige muito esforço, exige dedicação, exige muito trabalho”, enfatiza Barreto.

O ano de 2017 tem sido mesmo animador para as exportações fluminenses. É o que afirma a Federação das Indústrias do Rio. De janeiro a outubro, elas já ultrapassaram em volume de venda todo o ano de 2016. As exportações, nesse período, chegaram a quase US$ 19 bilhões.

“A média nacional, hoje, é de 20% de crescimento, até outubro, e o Rio já está com 41% de crescimento. Quando a gente tem uma crise interna, como a gente está vivendo, as empresas poderem exportar, poderem mandar os seus produtos para fora, para outros mercados consumidores, mostra que a indústria pode ter um fôlego, representa um fôlego para a indústria, uma possível retomada, um possível caminho para que as indústrias consigam retomar as suas produções e a sua eficiência”, disse Cláudia Teixeira dos Santos, especialista em comércio exterior da Firjan.

Os destaques foram a indústria do petróleo, que teve uma receita de quase US$ 12 bilhões e um crescimento de 75% em relação ao ano passado. A maior parte das vendas foi para a China. A indústria automobilística faturou US$ 1 bilhão, um aumento de 59% nas exportações. Os países que mais compraram nossos carros foram a Argentina e o Chile.

Economistas dizem que esses resultados devem ser comemorados, mas não são suficientes para sustentar a retomada do crescimento da economia do estado.

“Por que que melhorou? Porque você tem uma melhora da demanda mundial, o comércio mundial está crescendo. Então, isso se reflete nas nossas exportações. A exportação é uma parte só do produto da economia fluminense, e ela não é capaz de sustentar a volta de um grande crescimento do estado fluminense. A gente precisa mais recuperação do consumo, né? A gente tem esse problema todo, né? De redução de renda, no funcionalismo público, isso tudo se reflete na possibilidade de recuperação do estado”, disse Lia Valls, economista do Ibre, a Fundação Getúlio Vargas.

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