Proteção garante até que os veículos fiquem (quase) intactos em acidentes no mar.
A resposta curta é: com muito cuidado e doses enormes de logística.
Boa parte do transporte de automóveis (e de quase toda mercadoria) por longas distâncias é feito por um navio. A diferença, no caso dos veículos, é que boa parte deles é levado de um país para outro em barcos que são, basicamente, estacionamentos gigantes.
Nesses navios especiais a carga entre e sai rodando da embarcação — em inglês, “Roll in, Roll Out“, o que deu origem ao apelido desses barcos, RoRo.
Acidentes com RoRo não são tão raros. Recentemente um barco que levava 3.500 modelos da Nissan pegou fogo e ficou à deriva no oceano Pacífico.
Outro acidente envolveu o barco Hoegh Osaka, que tombou próximo da Europa com 1.400 carros da Jaguar, Land Rover, Mini e Rolls-Royce. Neste último acidente, porém, boa parte dos veículos transportados se mantiveram intactos.
Isso aconteceu principalmente por conta do severo processo de fixação dos veículos. Eles são presos ao navio com diversas cintas de náilon capazes de suportar até 5 toneladas.
Como os carros são estacionados próximos (com folga de 30 cm nas laterais e 10 cm na traseira e dianteira), esse cuidado evita que as carrocerias se encostem mesmo quando o navio está em mares agitados.