Como a economia brasileira pode superar a crise e crescer na próxima década
28/04/2020

O coronavírus trouxe consigo uma crise econômica, provocando no mundo todo uma incerteza. Economistas de diversas vertentes apontam para a concordância de novas medidas quanto ao combate de prejuízos. Ação do governo federal implicaria em aumento de gastos públicos, setor em que já registrava dificuldades anteriormente. No entanto, são medidas plausíveis para o Brasil superar a crise e iniciar um novo crescimento na próxima década. Não só nosso país, mas o mundo está se mobilizando e tomando iniciativas para diminuir os prejuízos de uma recessão.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um relatório indicando que a economia global irá enfrentar uma recessão. Pontuando que a crise de 2020 poderá ser maior que a de 1929. Estima-se que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) a nível mundial será de 3%. Somente o Brasil, a estimativa é de uma queda de 5,3% do PIB.

Os principais tópicos levantados pelos pesquisadores estão em focar nas classes mais desfavorecidas. Medidas que podem ser observadas em todo o mundo, como forma de superar a crise. Convidamos a continuar a leitura e entender um pouco mais sobre o processo.

Economia brasileira pode superar a crise

Pesquisadores economistas têm dedicado atenção quanto a análise das medidas tomadas como forma de superar a crise. Situação não só vivida no Brasil, mas em diversos países no mundo todo. Há concordância em diminuir as perdas promovendo ações voltadas aos mais desfavorecidos. 

Um dos pontos positivos é o auxílio de R$ 600 destinado aos trabalhadores informais. Um cuidado apontado para os mais vulneráveis, além do direcionamento para a saúde. Ainda assim, há pesquisadores que salientam a importância de novas medidas e ações pelo governo. 

Fazendo uma comparação internacional, a resposta brasileira ainda é inferior comparada a outros países. No entanto, deve-se levar em conta as dificuldades fiscais que o Brasil tem enfrentado. Como exemplo, uma das barreiras está no acesso ao crédito por empresários. Os bancos privados em tempos turbulentos tendem a exigir mais para liberação de crédito.

Um dos principais desafios encarados pelo governo atual é conseguir administrar o impacto provocado pelo coronavírus. Foi solicitado ao Congresso uma flexibilização da meta fiscal de 2021. 

De acordo com o diretor do FMI, o coronavírus pode provocar uma grande perda para a próxima década. Desta forma, para garantir a superação da crise e crescimento na próxima década são levantados algumas considerações. 

Há quem defende uma maior autonomia da economia, com presença do Estado em momentos inesperados como este. Ainda há aqueles que defendem um investimento robusto em obras públicas de infraestrutura. Podendo estimular outros setores da economia.

As principais medidas adotadas pelo Brasil nesse momento foram:

  • Auxílio de R$ 600 para trabalhadores autônomos e informais pelo período de 3 meses, sendo este limitado a duas pessoas de uma mesma família.
  • Cota dobrada do auxílio (R$ 1200) para trabalhadora informal, sendo esta mãe e chefe de família.
  • Linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas de R$ 40 bilhões. Para que possam realizar o pagamento de trabalhadores por dois meses. Os juros aplicados serão de 3,75% ao ano. O prazo de pagamento é de 36 meses e carência de seis meses para o início. (Pretende-se atender 1,4 milhão de empresas que têm faturamento de até R$ 10 milhões).
  • Liberação ao Bolsa Família de mais de R$ 3 milhões.
  • Adiamento do recolhimento do FGTS.
  • Redução em até 70% do salário, com diminuição também da jornada de trabalho ou suspensão. 
  • Liberação de R$ 51 bilhões para compensação dos trabalhadores impactados, usando por base o seguro-desemprego.

Retomada pode acontecer em junho

Apesar da curva de recuperação ainda ser uma incógnita para os especialistas, há uma torcida para não ser muito lenta. Uma vez que a consequência acarretaria problemas para economia e mercado. 

No melhor dos cenários, a mudança da trajetória da queda quanto a atividade econômica acontece ainda em junho. As estimativas mais pessimistas apontam para uma recuperação lenta, deixando a queda em 1,6%. 

Há uma previsão de retração da economia global de 0,4%, mas com previsões positivas para 2021. Com um avanço do PIB brasileiro de 5,5%, por exemplo. A expectativa é de que os pacotes de aumento de liquidez auxiliem no processo de retomada. 

Mesmo assim, há analistas e economistas que pedem uma resposta mais ativa do governo para conter a crise. 

Pandemia

O mundo apresenta mais de um milhão de pessoas contaminadas pelo Covid-19. Os principais países que estão liderando a lista são: Estados Unidos, Itália e Espanha. Países que apresentaram demora para detectar o surto e reagir às medidas de proteção.

Como consequência, a pandemia provoca uma desestabilização da economia dos países. Redução salarial, demissões e queda de consumo são as principais da lista. Esses impactos econômicos exigem dos governos uma resposta rápida e drástica, não antes vista. Dividindo as responsabilidades entre bancos, iniciativa privada e Estado.

Mesmo países desenvolvidos já demonstraram que o endividamento público faz parte para saída dessa crise. 

Medidas adotadas pelos países

A movimentação mundial apresenta medidas semelhantes para enfrentar e superar a crise. Apontaremos algumas das ações realizadas no mundo:

Estados Unidos:

  • Trabalhadores que possuem renda de até R$ 375 mil ao ano, terão auxílio emergencial de R$ 6 mil. Aqueles que tiverem filhos até 16 anos terão um acréscimo de R$ 2,5 mil por filho. 
  • O fundo federal de R$ 1,25 trilhão será destinado para ampliação do seguro-desemprego.
  • Estudantes com empréstimo por linhas de crédito do governo não precisam realizar o pagamento até setembro.
  • O investimento público foi de R$ 11 trilhões.

Itália:

  • Trabalhadores em que as empresas paralisaram terão benefício de 80% do valor do salário.
  • Trabalhadores informais e autônomos terão auxílio de R$ 2,7 mil.
  • As demissões foram proibidas, exceto justa causa.
  • Pais com filhos menores de 12 anos terão licença familiar por um período de 15 dias. Ainda receberão auxílio de 50% do salário.
  • Os pais que não conseguem se ausentar de seus trabalhos recebem um auxílio de R$ 3,2 mil para contratar cuidadores durante a quarentena.

Espanha:

  • As demissões foram proibidas 
  • Trabalhadores que tiveram as empresas paralisadas não terão perda no salário, mas será preciso compensar as horas.
  • Aqueles que tiveram a renda afetada poderão adiar o pagamento de contas como água, luz e financiamento do imóvel.
  • Trabalhadores autônomos e informais terão benefícios.
  • Foram liberadas linhas de crédito para pequenas e médias empresas com juros menores.

China:

  • Empréstimo para empresas de pequeno e médio porte de forma facilitada
  • Redução de taxas bancárias para trabalhadores, assim como tarifas de energia
  • Flexibilização do quantitativo de vendedores de rua após a crise, como forma de auxiliar o reingresso ao mercado
  • As empresas (pequenas e médio porte) que não demitirem funcionários, poderão recuperar parte do valor do imposto

Alemanha:

  • O fundo de estabilização econômica foi criado no valor de R$ 3,2 trilhões. Sendo R$ 2,1 trilhões destinados a cobrir as dívidas de empresas que paralisaram ou reduziram jornada. 
  • Empresas que não demitirem, os bancos públicos realizam empréstimos de até R$ 4 trilhões. Com possibilidade de adiamento de pagamento até a normalização.
  • Pequenas empresas e trabalhadores autônomos possuem a disposição um valor total de R$ 270 bilhões para auxílios.
  • Freelancers ou informais poderão solicitar auxílio-desemprego.

Conclusão

Podemos identificar uma mesma linha de medidas e ações entre os países. Uma forma de conseguir segurar a economia e superar a crise. As previsões para o Brasil dependem de alguns cenários, no entanto, no melhor deles acredita-se em uma recuperação promissora. Podendo apresentar crescimento na próxima década.

Estar preparado para enfrentar as oscilações na economia é fundamental. Convidamos para que conheça o nosso curso de Marketing Internacional. 

Direção,

Marcus Vinicius Franquine Tatagiba.

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