Comércio entre Brasil e Colômbia deve passar de US$ 4 bilhões no ano
20/03/2018

No ano passado, as trocas entre os dois países já alcançou US$ 3,9 bilhões. Valor tende a aumentar com a assinatura do ACE-72, a qual pode abrir oportunidades aos setores têxtil e automotivo

O comércio entre o Brasil e a Colômbia se acelerou no ano passado e com a entrada em vigor do Acordo de Complementação Econômica (ACE) 72 em dezembro de 2017, a tendência é que as trocas ultrapassem a cifra de US$ 4 bilhões ao final de 2018.

No ano passado, a corrente de comércio entre os dois países já alcançou US$ 3,9 bilhões, aumento de 25,7% em relação a 2016, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

O presidente da associação de promoção de exportação e investimento ProColombia, Felipe Jaramillo, avalia que a expansão das trocas bilaterais em 2017 foi impulsionada pelo aumento do preço internacional do petróleo e pelo processo de diversificação da pauta exportadora colombiana ao País.

“Houve um crescimento significativo das exportações colombianas ao Brasil [no ano passado], primeiro pela alta dos preços das commodities de petróleo, que correspondem a 50% dos produtos colombianos que chegam aqui [Brasil]. Segundo, e talvez o mais importante, é que a Colômbia tem diversificados as suas vendas para o Brasil. Estamos exportando mais serviços, produtos de plásticos e da indústria têxtil”, conta Jaramillo.

Segundo o Mdic, as importações brasileiras da Colômbia saltaram 58,8% em 2017, alcançando US$ 1,442 bilhão, ao passo que as nossas vendas ao país parceiro cresceram 12,2%, para uma cifra de US$ 2,507 bilhões. O ano de 2018 também já começou em alta, com a Colômbia elevando em 25% as suas vendas ao Brasil (a US$ 270 milhões), enquanto, ao contrário, o aumento foi de 52,6%, para US$ 502 milhões, durante o primeiro bimestre.

Jaramillo espera que o ACE-72 dinamize ainda mais esse comércio, já que, com este, ocorreu uma liberalização de 97% da pauta exportadora dos dois países. Ele conta que o acordo abrirá oportunidades mútuas nos setores têxtil, siderúrgico, químico e automotivo. Sobre este último, ficou acertado que em 2018, por exemplo, tanto as empresas da Colômbia quanto as do Brasil poderão exportar até 25 mil veículos sem pagar o imposto de importação. Já a partir de 2019, esse número subirá a 50 mil.

O presidente da ProColombia comenta que além da parceria comercial, os dois países estão intensificando os investimentos bilaterais. Segundo a entidade, entre 2000 e 2017, a Colômbia investiu US$ 2,03 bilhões no Brasil. De acordo com Jaramillo, alguns dos aportes colombianos mais importantes no País estão nos setores financeiros e de seguros.

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