Perspectivas
O novo alinhamento do Itamaraty é de uma relação de estreitamento e cooperação profunda entre Brasil e EUA, em um prisma econômico, com o objetivo de ter uma agenda mais competitiva, não somente em sentido comercial e tarifário, mas em uma perspectiva ampla e bilateral. Segundo o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o dinamismo do mundo atualmente está nas relações bilaterais e nós precisamos nos adaptar a isso; toda nossa mecânica negociadora está demasiadamente adaptada aos anos 90. Finalmente o governo parece estar atento as demandas do nosso empresariado. Como afirma o assessor de segurança nacional, John Bolton: “Haverá um salto qualitativo nas relações entre Brasil e Estados Unidos, e isso permitirá fazermos coisas que antes eram impensáveis”.
A evolução das negociações e a concretização de um acordo entre as partes, trará uma nova fase, que será extremamente produtiva, e irão ajudar na alavancagem da economia, na geração de emprego e renda, em novas oportunidades de negócios e novas iniciativas em todas as frentes.
Lastro histórico
As relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos envolve o conjunto das relações comerciais, políticas, econômicas, históricas e culturais estabelecidas ao longo do tempo. Entre os fatos históricos, por exemplo, os EUA foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil.
No campo da política internacional, os dois países compartilham a adesão a várias organizações internacionais, como a ONU, OMC, OMS, OEA e G20. Em seu posicionamento geopolítico, o Brasil é um dos países mais pró-Estados Unidos do mundo. O diplomata Gerald Haines, certa vez escreveu que o Brasil seria “uma área de experimentação para métodos modernos de desenvolvimento industrial”. A predição teria se cumprido na década de 1950, no chamado Milagre Econômico Brasileiro.
E por muitos momentos históricos, os países se encontrariam em comum acordo. Apesar das recentes descobertas de espionagem por parte dos EUA — algo que é feito extraoficialmente no mundo todo desde os tempos imemoriais, mas oficial e diplomaticamente é considerado, segundo pronunciamento do Itamaraty, como uma uma “violação inaceitável da soberania”. —, o Brasil fez-se esquecer e seguir em frente rumo a um estreitamento de suas relações.
De olho no futuro
Desentendimentos diplomáticos à parte, 2019 começa a despontar como um ano favorável para se considerar fazer negócios com nosso vizinho anglófono, especialmente àqueles que trabalham com a exportação. A previsão é que os índices do dólar se mantenham próximos do atual. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial, atrás apenas da China. O governo vem buscando modernizar os processos envolvendo operações de exportação e importação, com o objetivo de tornar as operações mais ágeis, baratas e menos repetitivas.
Direção por Marcus Vinicius Franquine Tatagiba