No acumulado do ano, o saldo positivo é de US$ 62 bilhões.
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 3,5 bilhões em novembro, resultado de US$ 16,7 bilhões em exportações e US$ 13,1 bilhões em importações. O saldo comercial é 25,4% inferior a novembro de 2016, quando foi registrado um superávit de US 4,75 bilhões. No acumulado do ano, o comércio exterior brasileiro apresentou um saldo positivo de US$ 62,008 bilhões, ante US$ 43,26 bilhões no mesmo período de 2016, avanço de 43,3%.
O acumulado do ano já supera o rendimento fechado de 2016, nas importações, exportações e no superávit, sendo que o último já havia sido superado em agosto. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
As exportações aumentaram 2,9% em relação a novembro de 2016. É o maior valor para exportações em meses de novembro em quatro anos. Houve crescimento das vendas de produtos básicos (26,5%) e semimanufaturados (3,1% e queda nos manufaturados (-14,2%). Os maiores destaques foram as commodities, como soja, milho, minério de ferro e minério de cobre. A exportação de petróleo cresceu mais de 56% e novembro apresenta o maior valor de média diária de exportação nos últimos 3 anos.
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Em termos de países, os cinco principais compradores foram: 1º) China (US$ 3,038 bilhões), 2º), Estados Unidos (US$ 2,271 bilhões), 3º) Argentina (US$ 1,557 bilhão), 4º) Países Baixos (US$ 710 milhões) e 5º) Índia (US$ 526 milhões).
As importações cresceram 14,7% na mesma base de comparação ante novembro do ano passado. Esse é o 12º mês consecutivo de aumento nas importações e a segunda maior taxa de crescimento mensal no ano, perdendo apenas para setembro. Aumentaram as compras externas de combustíveis e lubrificantes (69,2%), bens de capital (10,8%), bens de consumo (20%) e bens intermediários (6,7%). Novembro é o quarto mês no qual houve crescimento nas importações de bens de capital, o que não ocorria desde 2013. A importação de petróleo cresceu 31%.
Os cinco principais fornecedores foram: 1º) China (US$ 2,561 bilhões), 2º) Estados Unidos (US$ 2,03 bilhões), 3º) Argentina (US$ 830 milhões), 4º) Alemanha (US$ 795 milhões), e 5º) México (US$ 469 milhões).
Em um ano no qual nove meses apresentaram superávit recorde, Abrão Neto, secretário de comércio exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), explica que a queda na arrecadação de novembro se dá por um comparativo muito alto com novembro de 2016, mas ainda assim o resultado foi positivo. Ele ainda prevê que o ano feche com um superávit entre US$ 65 e US$ 70 bilhões.
Fonte: O Globo