Banco Central traçou um cenário positivo com muito menos inflação daqui para frente e com menor possibilidade de voltar a subir.
O Banco Central traçou um cenário positivo com muito menos inflação daqui para frente e com menor possibilidade de ela voltar a subir. O governo Jair Bolsonaro deve começar com expectativas mais promissoras por dois motivos. O BC avalia que aumentaram as chances de a inflação baixar por causa dos espaços ociosos que ainda existem nas fábricas brasileiras, o que garante preços baixos para os clientes. Além disso, as perspectivas para a aprovação das reformas no Congresso Nacional estão melhores e isso tira pressão sobre a inflação. Mesmo com esse horizonte, o Banco Central pregou que “cautela, serenidade e perseverança” devem ditar a política de controle de alta de preços no país.
De acordo com a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as projeções do BC para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caíram de 4,4% para 3,7% neste ano. Para o ano que vem, passaram de 4,2% para 3,9%. E a aposta para 2020 despencou de 4,1% para 3,6%.
“Os membros do Comitê avaliaram que, desde sua última reunião, o risco de o nível de ociosidade elevado produzir trajetória prospectiva de inflação abaixo do esperado aumentou e o risco relacionado a uma frustração das expectativas de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira diminuiu. Entretanto, o Comitê ressaltou que os riscos altistas para a inflação permanecem relevantes e seguem com maior peso em seu balanço de riscos. Dessa forma, os membros do Copom concluíram que persiste, apesar de menos intensa, a assimetria no balanço de riscos para a inflação”, frisaram os integrantes da cúpula do BC, que completaram:
“O Copom reitera sua visão de que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a queda da sua taxa de juros estrutural, cujas estimativas serão continuamente reavaliadas pelo Comitê”.
Por causa dessa melhora, o Copom resolveu manter os juros no mínimo histórico de 6,5% ao ano. Deixou a porta aberta para qualquer tipo de decisão na próxima reunião.
FONTE: ECONOMIA/OGLOBO