Segundo ministério da Economia, PIB deve ter aumento de até US$ 125 bilhões em 15 anos.
Após mais de 20 anos de negociação, a União Europeia e o Mercosul fecharam um acordo de livre comércio entre os dois blocos, segundo comunicado conjunto divulgado nesta sexta-feira pelos ministérios da Economia e das Relações Exteriores do Brasil.
Segundo o comunicado, o aumento dos investimentos previstos para o Brasil no mesmo período é de US$ 113 bilhões. E as exportações para a União Europeia podem crescer quase US$ 100 bilhões até 2035.
Participaram das negociações em Bruxelas o ministro das Relações Exteriores , Ernesto Araújo; a ministra da Agricultura , Tereza Cristina; e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.
Em redes sociais, o Ministério da Agricultura comemorou a assinatura do acordo, um “momento histórico, aguardado há 20 anos”. Para a Argentina , trata-se de uma “associação estratégica”.
— Um acordo que levou 20 anos para chegar a esse momento — celebrou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em vídeo publicado no Twitter da pasta. — Espero que ele seja benéfico para o nosso país e, principalmente, para a nossa agricultura.
O governo brasileiro também espera que as empresas brasileiras serão beneficiadas com o acesso ao mercado de licitações públicas da União Europeia, projetado em US$ 1,6 bilhão. Além das compras dos governos europeus, o tratado abrirá para os países do bloco sul-americano diversas áreas, como serviços, comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros.
Também serão agilizados e reduzidos os custos dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens. Outro ponto de destaque é que o tratado reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés.
“O acordo propiciará um incremento de competitividade da economia brasileira ao garantir, para os produtores nacionais, acesso a insumos de elevado teor tecnológico e com preços mais baixos. A redução de barreiras e a maior segurança jurídica e transparência de regras irão facilitar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, com geração de mais investimentos, emprego e renda. Os consumidores também serão beneficiados pelo acordo, com acesso a maior variedade de produtos a preços competitivos”, destacou nota conjunta do Ministério da Economia e o Itamaraty.
FONTE: ECONOMIA/O GLOBO
Direção,
Marcus Vinicius Franquine Tatagiba