Indústria do aço deve fechar ano com alta de 8,9% nas vendas internas
12/12/2018

Para 2019, a previsão é que as vendas cresçam 5,8%, alcançando 19,9 milhões de toneladas

A indústria do aço no Brasil deve fechar o ano com crescimento de 8,9 por cento nas vendas internas na comparação com 2017. A estimativa, divulgada na última quarta-feira, 5, pelo Instituto Aço Brasil, mostra que o percentual é maior do que a projeção da entidade, apresentada em julho, que apontava alta de 5,5 por cento. Foram comercializadas neste ano no mercado brasileiro 18,8 milhões de toneladas de aço. Para 2019, a previsão é que as vendas cresçam 5,8 por cento, alcançando 19,9 milhões de toneladas.

O ano também deve encerrar em alta no consumo aparente (soma que inclui vendas internas e importação por distribuidores e consumidores). A projeção subiu de 5,3 por cento para 8,2 por cento, puxada pelo crescimento do comércio interno. O volume consumido deve superar 21,1 milhões de toneladas.

Considerando apenas as importações, o volume é 2,3 milhões de toneladas, alta de 2,6 por cento. O percentual, no entanto, é menor que a projeção do instituto, que estimava crescimento de 5,3 por cento. A oscilação do dólar explica o menor volume importado, diz o Aço Brasil.

Já as exportações, cuja previsão era de queda de 0,6 por cento na estimativa de julho, devem fechar o ano com retração ainda maior: 7,2 por cento. “Apesar da apreciação do dólar e da alta do preço do aço no mercado internacional, isso é fruto do quadro mundial de protecionismo. [Com] vários países se fechando, passa-se a ter maior dificuldade na competição pelo nível de turbulência no mercado internacional e práticas consideradas não ortodoxas”, disse o presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes.

A produção de aço também teve desempenho inferior ao estimado pelo setor, de 36,3 milhões de toneladas para cerca de 36,1 milhões de toneladas, o que, ainda assim, representa crescimento de 3,8 por cento na comparação com 2017. Uma das razões apontadas pelo instituto foi o desligamento de fornos durante a greve dos caminhoneiros, em maio. Os empresários estimam perda de 1,1 bilhão de reais no período de paralisação.

Apesar de a produção ter sido mais baixa do que o estimado, o volume é recorde para a cadeia do aço. Uma das justificativas apresentadas pelo instituto é o surgimento de novas empresas, além de a Companhia Siderúrgica de Pecém, no Ceará, começar a atingir seu nível normal de operação. Os demais indicadores – vendas internas, exportações e consumo aparente – têm desempenho próximo ao verificado no ano de 2015.

FONTE: EXAME

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