Conheça um pouco mais sobre as importações da China
27/02/2020

Diante do cenário da atualidade, a China tem crescido exponencialmente e está se tornando a maior potência mundial. As parcerias comerciais entre China e Brasil são grandes, sendo grandes países aliados para exportação e importação. Este artigo foi dedicado a entendermos um pouco mais sobre as importações da China. Assim como uma breve análise de seus acordos comerciais e sua relação com nosso país. Aspectos importantes a serem estudados quando falamos sobre comércio exterior. 

Antes de tudo, precisamos ter o conhecimento que a China é o nosso principal parceiro comercial. Para ter uma ideia, somente em 2019, quase 20% de nossas importações tiveram como origem a China. Assim como a maior parcela de nossos produtos tiveram como destino o mesmo país.

Por conta da grande relevância em nossas transações comerciais, situações econômicas, políticas, sociais ou demais instabilidades no país afetam diretamente nossas exportações. Acompanhe o artigo para entender sobre a potência e as importações da China.

Brasil e China: Balança Comercial

Assim como anos anteriores, em 2019, a parceria comercial continuou muito forte entre os dois países. A China foi o primeiro país no ranking de mercadorias mais Importadas. Da mesma forma, também esteve no topo dos mais exportados.

No ano passado, 19,8% de nossas importações vieram da China, totalizando um valor de US$ 32.662,33 milhões. No mesmo período, exportamos para o país US$ 57.621,08 milhões. Desta forma, tivemos um superávit de US$ 24.958,75 Milhões. Ou seja, nossa exportação foi maior que importação.

Economia e Importações da China

Os produtos chineses são os mais procurados por conta de seu valor reduzido. Até mesmo pessoas físicas procuram por meio de sites as mercadorias da China, um exemplo são os famosos sites Aliexpress e Wish. No entanto, os dados trabalhados por este artigo referem-se apenas as importações formalizadas da China.

O país asiático está entre os maiores exportadores de todo o mundo, alimentando, desta forma, a economia mundial. No ano passado, por conta dos conflitos entre Estados Unidos e China, a exportação deste país teve uma queda. Assunto que iremos tratar ainda neste artigo.

Mesmo assim, continua sendo uma das maiores potências da atualidade. Construindo o seu caminho para atingir o topo do ranking. Já ocupa a colocação de segunda maior economia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A China é considerada pela OMC (Organização Mundial do Comércio) o país com melhores condições para investimento.

Se pegarmos uma linha do tempo dos últimos 25 anos, podemos perceber que foi o país com maior crescimento econômico. A abertura econômica de 1976 foi um dos grandes motivadores, pois transformou a China em um país de economia mista. O crescimento do PIB é de cerca de 10% ao ano. Já a soma de suas riquezas produzidas são além de US$ 12 trilhões.

No ano de 2019, o país teve um aumento de 9% das exportações e 17,7% em importação. A balança comercial da China registrou um superávit de 2,92 trilhões de yuan, o equivalente a US$ 423,6 bilhões. O país ocupa o primeiro posto do ranking de exportações e o terceiro lugar em importações.

As principais exportação da China são:

PAÍS DE DESTINO PRODUTO
Estados Unidos Equipamentos de transmissão
Japão Unidades de disco digital
Alemanha Peças de máquinas de escritório
Coréia do Sul Telefones

Já as principais importações são:

PAÍS DE ORIGEM PRODUTO
Coreia do Sul Circuitos integrados
Japão Crude petroleum
Estados Unidos Minérios de ferro
Alemanha Carros

Importações entre Brasil e China

Pensando agora na parceria comercial entre Brasil e China temos mercadorias distintas das apresentadas anteriormente. No período de janeiro a dezembro de 2019, os 10 produtos com maiores importações da China pelo Brasil foram:

  • Produtos manufaturados;
  • Plataformas de perfuração ou de exploração;
  • Partes para aparelhos de telefonia, como circuitos impressos;
  • Partes de aparelhos transmissores ou receptores;
  • Motores, geradores e transformadores elétricos;
  • Compostos Heterocíclicos;
  • Dispositivos semicondutores;
  • Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos;
  • Tecidos de fibra têxteis, artificiais ou sintéticas; 
  • Partes para veículos, automóveis e tratores, como também peças.

Por sua vez, os produtos mais importados pela China com origem do Brasil são ligados ao agronegócio. Sendo eles:

  • Soja;
  • Carne de frango;
  • Carne bovina;
  • Açúcar bruto;
  • Celulose;
  • Café;
  • Farelo de soja.

Entre os principais produtos, a soja é a mercadoria com maior representatividade. 

Relação China e Estados Unidos

A guerra comercial entre os dois países promove consequências sobre todo o mundo. Isso se dá por estarmos tratando das duas maiores potências econômicas do mundo. A cada ameaça ou nova tarifa imposta entre eles é sentida no mercado de ações, comércio. Chegando até mesmo no bolso do consumidor final.

Um dos pontos auges das tentativas de negociações refletiu diretamente com o Brasil. Isso porque o presidente americano Trump e o presidente chinês Xi Jinping tentaram um acordo sobre produtos agrícolas. Em que consistia no compromisso da China comprar dos americanos os produtos agrícolas.

Fato prejudicial ao Brasil de forma direta, como vimos anteriormente, a China é uma de nossas maiores importadores do agronegócio. Ao mudar os termos do acordo, Trump também elevou as tarifas sobre os produtos originários da China.

Os manufaturados também foi ponto crucial, podendo ocorrer duas vertentes. Como esses produtos originários da China ficariam mais caros nos Estados Unidos. O Brasil poderia aproveitar a chance e aumentar suas vendas desses produtos. 

Por outro lado, a China poderia potencializar a venda para o Brasil dos produtos que não consegue vender aos Estados Unidos. Por conta do baixo custo, venceria a concorrência com nossos produtos nacionais.

Após cerca de dois anos de negociações, os dois presidentes chegaram a um acordo comercial. Um dos pontos estabelecidos foi a compra de serviços e produtos americanos com US$ 200 bilhões adicionais. Além disso, outros pontos foram considerados, como:

  • Criação de um conselho bilateral para evitar tensões entre as duas potências;
  • Compra de produtos agropecuários com importação adicional de US$ 32 bilhões ou mais dos Estados Unidos;
  • A China concordou em melhorar as cotas tarifárias de produtos como trigo, arroz e milho. Assim como oferece divulgação com maior transparência das cotas anuais dos produtos;
  • A China comprometeu-se a reforçar a proteção de segredos comerciais.

O acordo entre os países certamente movimentará todo o comércio exterior. Pela proposta dos produtos agropecuários, pode influenciar negativamente a nossa exportação. Pela China ser um de nossos principais importadores de soja em 2019, essa mudança pode impactar em 2020. A perspectiva não é de deixarem de comprar os grãos brasileiros, mas de ocorrer uma queda.

As negociações entre China e Estados Unidos ainda está em andamento, tendo ainda uma segunda fase. Podendo ter algumas crises e possíveis mudanças no mercado em geral. 

Demais acordos comerciais

Um dos métodos mais eficazes para se integrar na economia mundial é realizar as cooperações econômicas. E firmar os acordos entre os países. A China possui acordos livre-comércio, assim como relações internacionais com o intuito de aumentar sua economia.

Além do acordo entre Estados Unidos e China, os principais são:

  • China-Chile;
  • China-ASEAN;
  • China-Paquistão;
  • China-Nova Zelândia;
  • China-Singapura;
  • O Acordo China continental e Hong Kong;
  • O Acordo China continental e Macau;
  • O Acordo com a União Económica Euroasiática; 
  • Relações económicas China-Brasil;
  • União Europeia-China;
  • Fórum de Cooperação América Latina-Ásia do Leste (China).

Conclusão

As importações da China devem estar sempre em pauta nas análises de profissionais com foco em comércio exterior. Sendo esta uma das maiores potências econômicas e principal parceira do Brasil deve estar em constante evidência. Ter conhecimento de seus acordos, parcerias e movimentações faz parte do cotidiano para orientar o comércio exterior de uma empresa.

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Direção,

Marcus Vinicius Franquine Tatagiba.

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