Crescimento no 3º trimestre foi sustentado por um forte consumo e por gastos sólidos do governo, que compensaram a queda nas exportações de soja.
O crescimento econômico dos Estados Unidos desacelerou no terceiro trimestre com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo a uma taxa anualizada de 3,5%, ante um avanço de 4,2% no segundo trimestre. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26), na primeira estimativa feita pelo Departamento de Comércio Americano.
Apesar da desaceleração, o resultado veio superior ao das previsões dos analistas e economia dos EUA se manteve forte o suficiente para continuar no caminho de atingir a meta do governo Donald Trump de 3% neste ano.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, a economia cresceu 3%, o melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2015.
O crescimento no 3º trimestre foi sustentado por um forte consumo e por gastos sólidos do governo, que compensaram a queda nas exportações de soja.
Economistas consultados pela Reuters projetavam expansão do PIB a um ritmo de 3,3% no terceiro trimestre.
Os EUA utilizam uma metodologia diferente da feita pela maioria dos países para a divulgação do PIB. No Brasil, por exemplo, o IBGE divulga o crescimento trimestral em relação ao trimestre imediatamente anterior e em relação ao mesmo período do ano anterior, e não a taxa anualizada.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o PIB do 3º trimestre dos EUA avançou 0,8%.
A expansão econômica, agora em seu nono ano, é a segunda mais longa já registrada, e tem sido sustentada por um corte tributário de 1,5 trilhão de dólares e aumentos dos gastos do governo.
No entanto, o governo também está envolvido em uma guerra comercial com a China, além de disputas comerciais com outros parceiros e a desaceleração do último trimestre refletiu principalmente o impacto das tarifas retaliatórias de Pequim sobre as exportações dos EUA, incluindo a soja, destaca a Reuters.
Os produtores anteciparam embarques para a China antes que as tarifas entrassem em vigor no início de julho, impulsionando o crescimento no segundo trimestre. Desde então, as exportações de soja caíram a cada mês, aumentando o déficit comercial. Houve também quedas nas exportações de petróleo e bens de capital não automotivos. A forte demanda doméstica, no entanto, absorveu importações de bens de consumo e veículos automotores.
FONTE: G1/ECONOMIA (Publicado em 26/10/2018)