O coronavírus não só enfraqueceu a saúde de milhões de pessoas, como desestabilizou a economia de diversos países. Corte de investimentos e custos são as primeiras ações tomadas para conter a crise. Atitudes estas que a longo prazo podem não ser favoráveis. O comércio exterior entra no cenário como um grande aliado nesse pós-crise. A exportação quando alinhada ao planejamento estratégico pode oferecer parcerias e novos mercados. O comércio exterior é a peça chave para estabilização, e vamos neste artigo falar o porquê.
É certo que não há como enfrentar essa crise sem olhar para a história. Um mundo marcado por diversas crises que afetaram a economia mundial. Como por exemplo: grande Depressão, Guerra Fria e Crise da Dívida da Europa. A oscilação na economia sem uma previsão concreta afeta diversas empresas no país. A primeira vista, redução de custos torna-se a primeira estratégia para a solução.
No entanto, empresas que já vivenciaram crises possuem um olhar estratégico. Ter dependência do mercado interno não é a melhor saída. O comércio exterior, principalmente a exportação é a alavanca necessária para muitas empresas passarem pelo pós-crise. Para acompanhar um pouco mais sobre as principais previsões para o comércio exterior, continue a leitura!
Comércio exterior: perspectivas pós-crise
O Brasil pode ser o país a se recuperar mais rápido dentro do mercado internacional. Um dos grandes fatores positivos para a saída da crise está relacionada a efetividade das políticas econômicas. Ou seja, as medidas adotadas pelos governos em todo o mundo.
No comércio exterior, o governo já realizou algumas medidas como redução de alíquota de imposto de importação. Tornando a zero alguns produtos essenciais ao enfrentamento do Covid-19. Da mesma forma, facilitou a liberação para não ocasionar o desabastecimento.
Com o fim da quarentena, a expectativa é que seja realizada a retomada do comércio internacional no mundo todo. Mesmo as empresas que ainda não exportam podem visar o início dessa atividade. Com o Real desvalorizado, compensa ao comprador a oportunidade de obter um produto com um custo abaixo do mercado.
Algumas propostas já foram lançadas para auxiliar as empresas brasileiras para preparar a retomada no comércio exterior. Como por exemplo, uma dilatação temporária quanto aos períodos de armazenamento e solicitação para liberação automática de empresas classificadas como baixo risco.
Um dos pontos de perspectivas positivas quanto ao comércio internacional referem-se justamente a seu desempenho durante esses meses. Apesar de iniciar o ano com números baixos, em Março e Abril tivemos importantes resultados nas exportações e importações. Abrindo novos mercados e ampliando os produtos comercializados. Podendo ser considerada a opção para a saída da crise econômica.
O mercado doméstico ainda apresenta pouco movimento, principalmente por causa do isolamento social. A medida adotada para conter o contágio do vírus, trouxe como consequência uma baixa na comercialização. No entanto, o comércio exterior já começou a apresentar pontos de reaquecimento. Com destaque para países que estão acelerando seu ritmo, como a China.
É muito importante que nesse período os clientes sejam mantidos, mesmo não fechando os negócios. Mas uma forma de retomar com maior facilidade as negociações após a crise. Outro ponto relevante que traz boas perspectivas é a baixa taxa de desemprego da área. Auxiliando uma recuperação mais acelerada para a economia.
Comércio Exterior: exportações do setor agropecuário
O setor agropecuário é um dos grandes exemplos. Estudiosos afirmam que o setor sairá ainda mais fortalecido no pós-crise. Podendo ser o carro-chefe para as negociações. Os noticiários demonstram uma atividade contínua das exportações brasileiras durante a pandemia. Enquanto diversos países estão encontrando dificuldades para as exportações do setor agropecuário, o Brasil prevalece forte.
Podemos considerar, que a pandemia deu a chance para uma nova reflexão ao Brasil quanto ao comércio exterior. Apresentando uma grande capacidade de produção e exportação de produtos do agronegócio. Mesmo com a elevação do volume de exportações, não deixou o mercado interno deficiente.
O aumento de nossa demanda de exportações também foi motivado por medidas de outros países quanto ao combate ao Covid-19. Como por exemplo:
- Índia decretou lockdown, com isso não exportou carne vermelha;
- Estados Unidos com um alto índice de contaminados tiveram abates fechados e sem produção;
- Rússia apresenta bloqueio para exportação de trigo
- União Europeia apresenta déficit de mão de obra para a colheita de grãos.
Desta forma, no mercado internacional, o Brasil está se consolidando como confiável fornecedor do agronegócio. Abrindo novos mercados e seguindo ao topo como maior representante do setor.
Comércio Exterior: recuperação da economia
Entendemos o quanto o comércio exterior é essencial dentro de nossa economia. Economistas consideram este como a ferramenta principal para a recuperação e a aceleração do crescimento econômico. Um dos vetores primordiais para a retomada da economia após a crise do Covid-19.
Como estamos acompanhando, os impactos provocados pelo vírus afetam diversos níveis da sociedade. Empresas de alguns setores foram mais impactadas, como turismo, eventos, hotelaria e indústria. Apresentando uma maior dificuldade para recuperação e sobrevivência após a crise.
O Brasil, no entanto, sairá com uma vantagem. Como vimos anteriormente, o agronegócio foi fortalecido nesse primeiro quadrimestre, em meio a pandemia. Um dos fatores que possibilitou o abastecimento de diversos países foram os sistemas modernos quanto a nossa gestão. Podendo ser considerado um dos principais fornecedores do setor de alimentos no comércio exterior.
Sempre foi muito cobrada uma postura com maior relevância do Brasil dentro do mercado internacional. Atualmente, há forte investimento quanto a modernização, infraestrutura, ampliação de armazéns e logística. No ambiente aduaneiro, foram implantados novos procedimentos com o intuito de reduzir tempo. Ou seja, a crise possibilitou um avanço a passos largos quanto a modernização dos processos operacionais de comércio exterior.
As áreas de comércio exterior foram as que tiveram menor índice de desemprego. Justamente, por entender que esse será um dos caminhos facilitadores para a retomada econômica.
Comércio Exterior: iniciar as exportações
O passo inicial para as empresas que ainda não possuem a atividade de exportação é alinhar ao planejamento estratégico. Da mesma forma, realizar o alinhamento quanto a precificação, capacidade de abastecimento e a qualidade. Empresas especializadas podem contribuir para auxiliar no processo.
A resposta das exportações é muito favorável. Com a desvalorização do Real, há grande redução do preço de exportação. O que motiva o comprador a adquirir os produtos, mesmo não possuindo a força competitiva no mercado internacional. As empresas que mantém o seu produto competitivo e com qualidade conseguem manter o preço padrão da exportação. Com isso, ampliam o seu lucro marginal.
Conclusão
Respondendo a nossa pergunta inicial, o comércio exterior pode ser a resposta favorável para o pós-crise. Tomando como exemplo o setor de agronegócio, o foco das empresas devem estar voltados à exportação. Muito antes de cortar custos e investimentos, deve-se atentar a um olhar estratégico no mercado internacional.
O desempenho das atividades de exportação será fundamental. Sendo a chance de uma maior representação dentro do cenário externo e formando novos mercados. Ideal não somente para o enfrentamento da crise, mas para ampliação e independência do comércio interno. Até o momento, o comércio exterior tem promovido os melhores resultados. O foco está em manter o desempenho e aproveitar a oportunidade para a exportação.
O comércio exterior é um dos ramos de maior chance de crescimento. Convidamos a conhecer o nosso curso para estar preparado para o mercado de trabalho.
Direção,
Marcus Vinicius Franquine Tatagiba.