Chinesa investe em porto no Maranhão e estuda ferrovias
26/03/2018

Empresa chinesa CCCC investe em porto e está interessada nos editais de ferrovias previstos para este ano

A CCCC (China Communications Construction Company), maior empresa chinesa de infraestrutura, olha com atenção a todos os projetos de concessão de ferrovias no Brasil, afirmou o presidente da companhia para a América do Sul, Chang Yunbo.

Ele veio ao país para o lançamento, na semana passada, da pedra fundamental do Porto São Luís, novo terminal privado multicargas da capital maranhense do qual a estatal chinesa detém 51%.

Interessam à CCCC os editais de ferrovias previstos para este ano, como o da Ferrogrão (MT/PA) e o da Norte-Sul (Porto Nacional-TO a Estrela D’Oeste-SP). A companhia avalia também uma participação na Malha Sul, da Rumo Logística. “Temos um porto no norte, agora estamos vendo um no sul. Uma vez que haja conexão por ferrovia, é uma logística estratégica”, disse, sem revelar mais detalhes.

O executivo diz que a China vê oportunidades em momentos de crise, justificando o interesse, apesar das incertezas econômicas, pelo Brasil. A primeira aquisição da CCCC no país foi a de 80% da construtora Concremat, por R$ 350 milhões, em 2017.

“Ferrovias de grande porte são investimentos de tamanho chinês, como se diz no mercado, porque é um setor que requer um volume de capital ao qual os chineses estão mais adequados”, diz Marcos Ganut, diretor da área de infraestrutura da consultoria Alvarez & Marsal.

Com investimentos em portos e ferrovias a China busca não apenas diversificar sua atuação no Brasil –eles já têm presença marcante no setor de energia –, mas garantir a segurança alimentar de uma nação que tem 1,3 bilhão de habitantes. O Brasil é um parceiro importante: em 2017, quase 79% das exportações nacionais de soja, por exemplo, foram para a China, segundo dados do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

“O chinês tem uma questão de planejamento de longo prazo. O tema do fornecimento de alimento e commodities em geral vem sendo tratado com bastante carinho pela China, e nesse contexto o investimento em logística é estratégico”, diz Ganut. Para Yunbo, comprar de outros países não significa que há insegurança, mas diz que a maior função do porto será o transporte de grãos.

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Fonte: Folha de São Paulo (FolhaPress)

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