Brasil abre mercado e amplia pauta de exportações de produtos agropecuários  para oito países
21/04/2020

O mês de março foi marcado por uma mudança no comércio exterior para o Brasil. Com a situação provocada pelo coronavírus, a agropecuária brasileira não só garantiu o abastecimento interno. Como também ampliou o seu espaço diante do mercado internacional. As exportações de produtos agropecuários garantiu a abertura de novos mercados. E também, aumentou as vendas para outros locais. Fechando o mês com boas perspectivas em 2020 e para os próximos anos.

Estimativas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura apontam aumento da população mundial até 2050. Podendo ultrapassar os nove bilhões de pessoas com maior concentração na zona urbana. Nesse sentido, ocorrerá progressivamente o aumento da demanda de alimentos. 

Com isso o investimento em exportações do setor de agropecuários está entre os principais tópicos. Podemos identificar, por exemplo, os dados apresentados em março com a ampliação do mercado. O agronegócio brasileiro há alguns anos tem sido prioridade para as exportações. Estando em constante conquista de espaço e melhora nos procedimentos para se consolidação.

Durante a última recessão, a agropecuária brasileira foi o principal setor que estabilizou a economia nacional. Demonstrando, assim, sua real importância estratégica. Nesse sentido, ampliar a pauta de exportações desses produtos é o melhor caminho. Acompanhe esse artigo e entenda a importância do setor.

Exportações de produtos agropecuários: Ampliação de pautas

As exportações de produtos agropecuários foram ampliadas para oito países, somente no mês de março. 

O governo egípcio autorizou a iniciar o processo de importação de miúdos bovinos. Além disso, habilitou 42 estabelecimentos no Brasil para a importação de carne. Sendo deste total, 27 para fornecimento de frango e 15 de bovino. Renovando ainda a habilitação de 95 empresas brasileiras.

A China, por sua vez, promoveu uma atualização dos estabelecimentos autorizados para a venda de pescado. Essa atualização não ocorria desde 2015. Com isso, atualmente há 108 estabelecimentos habilitados para vender ao país asiático. Lembrando da importância da China para o Brasil, como sendo nosso principal parceiro comercial.

A Indonésia negociou uma cota extra para importação de carne bovina de 20 mil toneladas. Podendo representar um aumento da participação do Brasil dentro do país. Uma vez que, a Austrália é o principal fornecedor do produto para a Indonésia.

Outros países abriram o seu mercado, como por exemplo, o Kuwait, importando a partir de agora a carne bovina brasileira. O Brasil também iniciou a exportação de material genético de aves para os Emirados Árabes e Marrocos.

Dentro do cenário atual, algumas medidas sanitárias estão sendo desconsideradas. Fatores que deixavam os processos mais demorados ou até mesmo colocados como barreiras para o comércio. 

Neste contexto, a Argentina é um exemplo, aceitando as certificações sanitárias para importar carne de rã, sêmen suíno e embriões bovinos. Ainda na América do Sul, a Colômbia oficializou e abriu o mercado para a importação de milho. 

O aumento da demanda das exportações de produtos agropecuários é impulsionado pela pandemia. Uma vez que, acredita-se que os países têm buscado os produtos por estarem preocupados com um desabastecimento. 

O fato pode ser comprovado pela busca da Malásia e Singapura para novas negociações. Com o intuito de elevar as importações de carne bovina e de frango.

Exportações de Produtos Agropecuários no Brasil

Apenas nesse primeiro trimestre de 2020, as exportações de produtos agropecuários somaram US$ 21,39 bilhões. Do total de exportações do Brasil, o setor agropecuário representou 43,2%. No mesmo período em 2019, foi registrado a participação em 42%. Podendo identificar um crescimento do setor. 

Os produtos que demonstraram um crescimento significativo nesse período foram: algodão, amendoim, soja, carnes, uvas e sucos.

Em 2019, as exportações do setor de agronegócio do Brasil somaram US$ 96,79 bilhões. Apesar do bom resultado, teve uma retração de 4,3% comparado ao ano anterior, que somou US$ 101,17 bilhões. A justificativa apresentada pelo Ministério refere-se a baixa do índice de preços de exportação.

Mesmo assim, o agronegócio conseguiu elevar a sua participação nas exportações do país. Em 2018, representava 42% do total, em 2019 aumentou para 43,2%. Com o resultado do primeiro trimestre de 2020, a estimativa é que continue elevando a porcentagem.

O principal produto de exportação agro é a soja em grão. Do total de exportações realizadas pelo Brasil em 2019, somente a soja somou cerca de US$ 26 Bilhões. Responsável por um terço dos embarques realizados. No entanto, mesmo com o bom resultado ocorreu uma retração de 11,1% do volume exportado. 

Um dos principais fatores da desaceleração foi a peste suína africana. A China, como principal importador, teve seus rebanhos afetados, diminuindo a demanda de soja. O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

Por outro lado, a peste suína africana proporcionou aumento para a demanda de carne. O volume de exportação de carne bovina, suína e de frango foi 5,8% maior comparado a 2018. Com um faturamento 12,5% maior, alcançou US$ 16,523 bilhões. A China foi um dos principais países que aumentaram a demanda de carnes do Brasil.

Expansão das exportações do setor agropecuário

Há fatores importantes que estão elevando as exportações do agronegócio dos últimos anos. O Brasil está conseguindo uma produção maior, mesmo sem a abertura de novas áreas. Além disso, o contexto do cenário internacional pode mudar positiva como negativamente as perspectivas.

Em 2019, tínhamos como plano de fundo a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Os dois países, por serem as maiores economias do mundo, ditam as regras na economia. Mesmo assim, a soja, a carne, milho e algodão foram os principais produtos da exportação brasileira. Ampliando espaço dentro do mercado chinês, justamente por conta da situação. 

Como tratamos anteriormente, a peste suína africana garantiu um melhor posicionamento do Brasil no mercado internacional. Aumentando a demanda de nossa carne de frango, bovina e suína, sendo o segundo fator que favoreceu nossas exportações. 

O governo chinês, por sua vez, tem se tornado mais rígido nas questões sanitárias. Desta forma, pode caminhar para um aumento das exportações de milho e soja do Brasil. 

Atualmente, a pandemia tem desestabilizado a economia e o mercado internacional. Mesmo assim, o Brasil permanece gerando resultados positivos. Fato é a ampliação das exportações de produtos agropecuários.

Conclusão

O comércio exterior é influenciado por critérios que algumas vezes não podem ser previstos. Como exemplificamos acima, a guerra entre China e Estados Unidos e peste suína africana movimentaram o mercado. Sendo favorável para alguns países e prejudicando as exportações de outros.

O trabalho desempenhado pelos profissionais acarreta sabedoria para entender em como atuar dentro do cenário. Podendo, assim, preservar o seu mercado. Perceba que, as dinâmicas do mercado foram movimentadas por fatores externos. Não relacionadas com ações ou atitudes do governo nacional. Apesar dos fortes investimentos em novas políticas.

Demonstrando forte relevância, o agronegócio tem se mantido como um setor estratégico dentro de nossa economia. Sendo responsável pelos principais produtos exportados pelo país. Ganhando cada vez mais força, espaço e impacto dentro do mercado internacional. Um investimento importante diante das perspectivas do setor para os próximos anos.

Estar preparado é ideal para atuar positivamente dentro do mercado. As empresas solicitam profissionais com visão estratégica, justamente para agirem de forma assertiva dentro dos cenários. Você conhece o nosso curso de Gestão de Negócios Internacionais? Aproveite e confira!

Direção,

Marcus Vinicius Franquine Tatagiba.

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