O volume de exportações do Egito para o Brasil cresceu 73,9% desde setembro de 2017. Esse é o principal resultado de um acordo de livre comércio assinado pelo país africano com o Mercosul (Mercado Comum do Sul), que reúne os países da América do Sul.
O número foi apontado em um relatório elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em setembro de 2020. O acordo de 2017 também alavancou exportações do Brasil para o Egito, que subiram 21,1%.
Desde o início de setembro de 2017, quando o acordo entrou em vigor, mais de 2 mil produtos já receberam isenção tarifária em movimentações entre Egito e Mercosul. A lista terá acréscimo de 463 itens da nação africana e 719 dos sul-americanos a partir deste mês.
Quais são os principais produtos que o Brasil vende para o Egito
Seis categorias produtivas do Brasil foram as principais beneficiárias locais do novo acordo com o Egito. Segundo a CNI, ladrilhos e peças de cerâmica, óleos de petróleo ou de minerais betuminosos, glicerol, tijolos e placas foram os produtos que tiveram maior impacto do acordo assinado em 2017.
Em contrapartida, cresceu no Brasil a presença de produtos egípcios como plantas, azeitonas, parafina e cimentos.
Quem terá isenção entre Mercosul e Egito a partir de setembro
O marco de três anos de vigência do acordo de livre comércio servirá como oportunidade para uma ampla revisão dos produtos abarcados pela negociação.
A partir de setembro de 2020, categorias como compostos químicos orgânicos e inorgânicos, papel e cartão, produtos farmacêutico, plásticos e combustíveis, óleos minerais e seus destilados poderão sair do Mercosul para o Egito com isenção tarifária.
Em compensação, egípcios terão isenção em negociações de plantas, combustíveis, óleos minerais, grãos, sementes e frutos, sal e enxofre, terras e pedras, cal e cimento, gesso e borracha.
Como é o volume de negociações entre Brasil e Egito
Em 2017, antes do início da vigência do acordo, Brasil e Egito já registravam um volume crescente de negociações. O volume exportado dos sul-americanos para os parceiros naquele ano, por exemplo, já havia sido 36% superior ao ano anterior, saltando de US$ 1,7 bilhão para US$ 2,4 bilhões.
O acordo zerou tarifas de 31% dos produtos exportados pelo Mercosul para o Egito – o volume chegará a 45% em setembro deste ano. Na outra direção, houve isenção para 26% dos produtos vendidos pelos africanos – o número atingirá 32,2% neste ano.
Direção,
Marcus Vinicius Tatagiba.
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