Brasil fecha US$ 12 mi em negócios durante Feira de Saúde
30/11/2016

Começando com oito empresas, pavilhão brasileiro cresceu seis vezes

Foi no ano de 2002 que empresas brasileiras pisaram pela primeira vez no pavilhão oficial do Brasil na Medica, em Düsseldorf, na Alemanha, maior feira de saúde do mundo. Ainda que naquele ano não existisse a marca Brazilian Health Devices como hoje é conhecida, nascia ali a brilhante trajetória do projeto desenvolvido em parceria entre a ABIMO e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que tem como missão fomentar as exportações das indústrias brasileiras de dispositivos médicos e odontológicos. Nessa época, o Brasil praticamente não exportava produtos médicos e importava quase tudo o que consumia em termos de equipamentos de ponta e produtos com alto grau de sofisticação.

“A indústria de uma maneira geral ainda não estava tão preparada para a exportação, e apenas dava pequenos passos em direção ao mercado internacional, através de algumas empresas pioneiras”, relembra a gerente de marketing e exportação da ABIMO, Clara Porto. “Há 15 anos levávamos pela primeira vez os associados para essa feira, o que com certeza foi um marco na trajetória de todas as empresas que foram conosco”, conta o presidente da ABIMO na época, Djalma Rodrigues, também à frente da Fanem. “Nossa primeira participação foi cheia de emoções, pois estávamos aterrissando no espantoso mundo da alta tecnologia”, relembra.

Cinquenta empresas estiveram na Alemanha neste ano para essa edição especial focada no Brasil. Foram 39 empresas no pavilhão principal, que fica no Hall 17; quatro no Hall 3, de laboratórios; e outras quatro no Hall 4, de fisioterapia e ortopedia. Outras três empresas participaram com estandes próprios. Os resultados superaram as expectativas: foram quase 2 mil contatos feitos em quatro dias de evento, que resultaram em US$ 348 mil em negócios imediatos, com projeção para os próximos 12 meses de US$ 12 milhões. Clara Porto atribui o bom resultado ao extenso trabalho de relações públicas e imagem, feitos desde o final da edição de 2015, ao longo do ano todo. “Trabalhamos incessantemente a imagem dos 15 anos do pavilhão brasileiro na MEDICA e isso nos ajudou muito na promoção comercial”, conta.

Primeiras Impressões

Segundo Rodrigues, a primeira vez do Brasil na Alemanha foi um choque para todos, até mesmo para os visitantes, que desconheciam a capacidade do Brasil de produzir dispositivos médicos e inclusive, curiosamente, confundiam os produtos com aqueles provenientes de outros países, como México e Turquia. “Foi através dessa presença na feira, e organizado em um pavilhão nacional, que o Brasil pôde mostrar ao mundo que era, sim, uma opção de qualidade na área de dispositivos médicos. E tenho certeza que a vida de muitas dessas empresas mudou a partir dali”, diz o ex-presidente da ABIMO.

Outra pessoa que pode contar com propriedade o que ocorreu há 15 anos é Waleska Santos, fundadora da Feira HOSPITALAR, maior evento de saúde da América Latina e terceiro do mundo: “Antes mesmo da primeira edição da HOSPITALAR, em 1994, já iniciamos nossa participação naquela que viria a ser a maior e mais importante feira do setor médico-hospitalar do mundo”, conta a empresária.

A Olidef Equipamentos Médicos e a JP Farma participam como expositoras da Feira Medica desde o início. “Como empresas exportadoras para mais de 50 países, consideramos a feira um momento especial para encontrarmos clientes atuais e futuros distribuidores”, conta o diretor das empresas, André Ali Mere Jr. “O projeto BHD, em parceria com a Apex-Brasil, deve ser saudado como um importante e imprescindível lançamento para o mercado externo”.

 

 

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